10 de nov. de 20222 min de leitura

Adeus, Gal Costa!

Atualizado: 11 de nov. de 2022

Gal Costa, uma das maiores cantoras do Brasil, morreu na quarta-feira (09) em São Paulo aos 77 anos. A informação foi confirmada pela assessoria da cantora. Ela parou de se apresentar depois de passar por uma cirurgia para remover um nódulo na fossa nasal direita.

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e como "Baby", "Meu nome é Gal", "Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal", "Pérola Negra" e "Barato total" foi consagrada como uma das maiores cantoras do Brasil.

Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou "Eu vim da Bahia", samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.

Três anos depois, veio outro clássico: "Baby", de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. "Divino maravilhoso" (de Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista.

Ela continuou a misturar estilos ao longo dos anos 60 e 70. Ele balançou ao som de "Que Pena (Ela já não gosta mais de mim)" de Jorge Ben Jor e arrasou ao som de "Cinema Olympia" de Caetano. "Meu nome é Gal" de Roberto e Erasmo Carlos serviu de testemunho que uniu Jovem Guarda e Tropicália.

Ao gravar "Pérola negra", em 1971, ajudou a revelar o então jovem compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou "Vapor barato", mostrando a força dos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.

Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza ("Brasil", 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas ("Um dia de domingo", de 1985); e Marília Mendonça ("Cuidando de longe", 2018).