LBV forma novas gerações para serem
protagonistas em suas comunidades
O fato de estarmos vivendo uma pandemia sem precedentes deixa ainda mais claro quanto é necessário educar crianças e jovens sobre o cuidado com o meio ambiente. Segundo cientistas, preservar a fauna e a flora é um caminho fundamental para o bem-estar do próprio ser humano, basta ver que o surgimento do novo coronavírus está exatamente relacionado às mudanças climáticas.
Estudos apresentados recentemente indicam que mexer com a temperatura média do planeta e destruir florestas favoreceu o a proliferação de hábitats para morcegos (do qual os pesquisadores acreditam ter sido a origem do novo vírus) em diferentes regiões, fazendo, por exemplo, o sul da China um local propício para a disseminação do Sars-CoV-2, na província chinesa de Yunnan.
Apesar de esses mamíferos serem importantes polinizadores de muitas plantas que produzem frutos e outros alimentos, algumas espécies de morcegos que vivem nas florestas podem carregar vírus inofensivos para eles, contudo são mortais para nós. Portanto, cuidar da Natureza não é apenas uma questão de ideal, mas também de sobrevivência.
A Legião da Boa Vontade (LBV), que, desde a década de 1960, alerta para essa realidade, trabalha na inserção social relacionada à educação ambiental de seus atendidos. Dessa maneira, promove uma série de ações — seja em seus Centros Comunitários de Assistência Social ou em sua rede de escolas, que somam 82 unidades em todo o território nacional — com o firme propósito de educar principalmente as novas gerações, que sofrerão mais os graves impactos dessas transformações.
Graças à Pedagogia do Afeto (direcionada às crianças de até 10 anos) e à Pedagogia do Cidadão Ecumênico (a partir dos 11 anos), criadas pelo educador e diretor-presidente da LBV, José de Paiva Netto — que se destaca por formar “Cérebro e Coração” —, os resultados têm sido encorajadores e enchem de esperança de que surgirão atores sociais esclarecidos, equilibrados, conscientes e cuidadosos com a manutenção de nossa morada planetária.
O esforço propicia também o envolvimento das famílias e comunidades em situação de vulnerabilidade social nas quais essas meninas e esses meninos estão inseridos, realizando uma renovação em que um ajuda o outro, tornando todos mais resilientes e aptos a encontrar um significado para o futuro.
Respeito e orgulho com o trabalho de reciclagem dos pais
O cuidado em ensinar a pensar no planeta de forma sistêmica, integrada, está entre as finalidades dos serviços de convivência da LBV, como é o caso do Criança: Futuro no Presente! Nele, meninas e meninos de 6 a 15 anos têm a oportunidade de participar de ações ricas em experiências lúdicas, culturais, artísticas e esportivas, que constituem excelentes meios de expressão, de interação e de aprendizagem. Foi por meio dessa atividade, feita antes da pandemia no Centro Comunitário de Assistência Social da Instituição em Glorinha/RS, que os irmãos Elisa, de 9 anos, e Rian, de 10, aprenderam ainda mais a valorizar o esforço e o trabalho dos pais.
Há cinco anos residindo naquele município, os meninos vieram com a família de Porto Alegre, capital gaúcha, em busca de melhores condições de vida, visto que anteriormente o casal precisava levá-los para a coleta de material reciclável, o que faziam em uma carroça. A mudança só foi possível em virtude da abertura de uma nova cooperativa em Glorinha, na qual os pais, Lorimara Palmeiro e Marcus Vinicius Duarte, conseguiram uma colocação. Apesar de a renda ainda ser bem pequena, cada um recebe menos de um salário, a transferência possibilitou certa estabilidade, pois, além de não precisarem levar consigo as crianças, eles conseguiram vaga na LBV para dois de seus quatro filhos no horário posterior à escola.
Mesmo durante a pandemia, a família continua sendo amparada pela Instituição, que promove práticas não presenciais por meio do envio de vídeos pelo WhatsApp, além de entregar materiais pedagógicos, cestas de alimentos e kits de limpeza, respeitando todos os cuidados sanitários recomendados pelos órgãos de Saúde.
Durante um dos projetos desenvolvidos pelos educadores, Elisa destacou-se ao falar com exatidão de todos os itens com os quais os pais lidam na reciclagem. “Eles ficaram me ouvindo e fazendo muitas perguntas”, recorda a menina. Ela diz que, com os ensinamentos da Instituição, viu quanto é relevante “evitar que o lixo [seja depositado] onde não pode, para não poluir o nosso planeta”.
Consciência semelhante tem o irmão Rian, que só reclama de que, com a pandemia, as atividades do serviço tiveram de ser não presenciais, a fim de evitar o contágio da Covid-19. “A LBV é um lugar de paz, é muito legal, fiz várias amizades, gosto muito de lá. Sinto falta dos professores, da alimentação, sinto falta de tudo. A LBV muda a nossa vida”.
Antes deste período de distanciamento social, ele adorava frequentar o grande espaço verde do Centro Comunitário, batizado de Jardim Botânico, no qual já plantou algumas árvores, ação que deseja continuar realizando e, dessa maneira, ajudar a diminuir “o desmatamento, para os bichos não morrerem, e deixar o mundo melhor”.
Para a mãe, “saber que meus filhos têm orgulho de mim e de meu esposo é uma gratificação enorme. Tem vários pais que trabalham na cooperativa e que as crianças não gostam. E eu sou lixeira, sim, com orgulho, porque do lixo vem coisas boas, é com ele que eu sustento as minhas crianças. Eu faço tudo isso por eles, não por mim”.
Fonte: LBV/ Nadiele Bortolin
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