A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira, 15, o procurador da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho. A empresa teria oferecido, em fevereiro, 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca a integrantes do Ministério da Saúde, por intermédio do cabo da PM Luiz Paulo Dominguetti, que se apresenta como representante comercial autônomo.
As conversas sobre a oferta vieram a público em junho, quando Dominguetti acusou o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde Roberto Dias de cobrar propina de US$ 1 por dose da vacina durante as negociações. Carvalho, como chefe do vendedor, teria feito os primeiros contatos com a pasta para tratar das vacinas.
A denúncia sobre o caso, segundo Dominguetti, foi ideia de Carvalho, que teria ligado para ele, já com a jornalista da Folha de S. Paulo na linha, e pedido que contasse o que tinha acontecido naquela reunião – o suposto pedido de propina por parte de Roberto Dias. A situação teria ocorrido em um jantar, em Brasília, do qual Carvalho não participou.
O procurador da Davati também teria enviado a Dominguetti um áudio do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que o PM mostrou em depoimento na CPI, alegando que o parlamentar estava intermediando a venda de vacinas. Miranda depois mostrou que o áudio tinha sido editado e, na verdade, tratava de uma venda de luvas cirúrgicas em 2020.
Fonte: Agência Senado
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